domingo, 4 de mayo de 2014

MIENTRAS VIVIMOS






obra de Honoré Charrer



A Poesia

Não é tão rara como parece.
Na mais ínfima das coisas
A Poesia acontece.
Aconteceu Poesia
Quando em teus olhos cor do céu
Vi o pedaço de céu que me cabia.
Aconteceu Poesia
Quando as tuas mãos,
Numa carícia vaga,
Moldaram em meu rosto o ar de angústia
Que o tempo não apaga.
Aconteceu Poesia
Quando em teus olhos cor do céu
Vi o pedaço de céu que me fugia.
E até no dia em que morreste,
Mãe,
Aconteceu Poesia.

             Fernando Vieira



obra de Vladimir Tomilovsky



6 comentarios:

  1. Quando em teus olhos cor do céu
    Vi o pedaço de céu que me cabia.

    Os olhos da rainha são azuis, me ví neles.

    bjs minha querida amiga e mãe.

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  2. O poema é muito lindo! Não conhecia.
    Gostei das pinturas, mas especialmente da segunda.

    Fico muito contente de te ver de volta, espero que seja para continuares e que o teu marido já esteja bem.
    Um beijinho amigo :)

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  3. V engo a menudo por aqui con la esperanza de su regreso. Sabe que estoy, que soy su amigo y que haría lo que fuese, si pudiera.
    Un abrazo muy fuerte

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  4. Gostei imenso da pintura de Charrer - que não conhecia! A vida, a morte e a dança... A alegria de viver malgré tout! O jazzman é maravilhoso, mas é a bailarina que eu amo!
    A poesia é linda e tanto podia ser dedicada à mãe, como a tudo o que amamos e a que nos ligamos na vida..."
    A Poesia
    Não é tão rara como parece.
    Na mais ínfima das coisas
    A Poesia acontece.
    Aconteceu Poesia
    Quando em teus olhos cor do céu
    Vi o pedaço de céu que me cabia.
    Aconteceu Poesia..."
    Um beijo do tamanho da vida!

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  5. Passei porque a encontrei no Palavras Daqui e Dali. Deixo o meu abraço.

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  6. Estou como o amigo Manuel, passo por aqui...Beijo

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