El mapa humano es de una variedad ilimitada, hay gente de todo pelaje, nadie es perfecto ni nadie carece de algún mérito, aunque priman miserias como el incivismo, la egolatría o la violencia, a la vez que los sempiternos engreimientos, imbecilidades, inmadureces, cobardías, servilismos y así.
Por lo general hay mucho ruido para poca valía, poca capacidad de defender valores sólidos e innegociables, mientras los medios de comunicación se recrean sin pudor en lo insustancial y el morbo.
Casi siempre las personas que valen la pena son las más humildes, y casi siempre los que valemos poco nos engañamos a nosotros mismos por defensa propia y falta de lucidez. Por eso es bueno salir del yo de vez en cuando para mirarnos con cierta distancia e imparcialidad, practicando la proverbial sentencia "conócete a ti mismo". Somos poco dados a reflexionar, observar y escuchar, en medio del ensordecedor barullo alrededor; no evolucionamos, no nos superamos, siempre muy complacientes con nosotros mismos y muy críticos con los demás. Nos damos una importancia para poder soportarnos y querernos, incluso los asesinos se auto convencen de que la víctima era el culpable...
Nos repetimos como loros, cansinos, monótonos, insulsos, insatisfechos, siempre ávidos de falsas necesidades — como dijo Steinbeck, " bebemos sin sed, comemos sin tener hambre y hablamos sin tener nada que decir", aunque eso sí: manejamos un imaginario conocimiento de todo lo que se nos ponga por delante.
Estamos gobernados por personajillos muy mediocres en su gran mayoría, cuando son la inteligencia, el talento, la ciencia, la psicología, la filosofía, la honradez, el humanismo o la cultura, las piedras angulares del progreso social y de una coexistencia respetable y sana.
Igual que Diógenes el Cínico buscaba un Hombre con una linterna, tenemos que ser más exigentes con quien deba encontrar soluciones a los inquietantes planteamientos del presente. ¿Cómo se explica, por ejemplo, que la próxima Presidencia de los Estados Unidos esté en este momento jugándose entre un Joe Biden decrépito y un Donald Trump moralmente impresentable? Es un espectáculo demoledor como tantos otros.
En medio de los "atropellos a la razón" que refiere muy bien Darío Villanueva en su último libro, y con pocas esperanzas de arreglo a la vista, solo un poco de sabiduría y madurez personales nos pueden aliviar de las tormentas superfluas e irremediables de este mundo loco.
Lo que antes era duradero, ha pasado a ser efímero.
La vida social se ha transformado en una vida electrónica o cibervida.
Zygmunt Bauman
Era hora de ver-te por aqui! Sempre tranquila e sabedora do que é essencial e do que é uma quimera supérflua. Há tanto embuste por aí, tanta falsidade nas atitudes, no que se diz que por vezes penso que cada vez acredito menos e procuro mais - o que também não leva a muito. Sinto-me "perdida" às vezes e são os "velhos autores" - que nunca serão velhos porque são eternos aqueles verdadeiramente bons - que me ajudam a acreditar ainda. Não queria desistir de me interessar pelo que me rodeia! Ainda olho em redor (e muito pouco para dentro de mim, nunca me considerei especial, apenas quis aprender e ser honesta comigo).
ResponderEliminar" Reflexionamos poco, observamos y escuchamos poco en medio del ensordecedor barullo del entorno, por eso no evolucionamos ni nos superamos, aunque eso sí, somos muy complacientes con nosotros mismos y muy críticos con los demás."
Mas não devia ser assim. Faz-me impressão ver o nível cultural de certos políticos ou de outros que não são nada e estão convencidos de saber tudo, saber mais do que os outros e não aceitar os argumentos dos outros. Não se sabe discutir um assunto - há sempre opiniões definidas e decisivas sobre todos os assuntos. Estou cansada de tanta palavra!
Concordo com o que dizes que "hay mucho ruido pero poca competencia, y los medios de comunicación se recrean sin pudor en lo insustancial y el morbo."
Estes meios de comunicação vêm prejudicar o que já era mau! Não há regras, não há seriedade, há só o "assunto escandaloso"´, a intriga baixa e a falsidade das notícias.
E quem nos governa é de facto um "pesadelo não-climatizado" (é verdade, o Miller também é terrível!). Rio-me com a tua palavra para os qualificares "personanajillos"!!
São isso sim, não valem nada, são incultos, nunca leram coisas essenciais que fazem a nossa "cultura" pessoal, geral e etc.
"personajillos mediocres a todos los niveles", sem inteligência, talento, filosofia, ciências, saber - tantos saberes!- E outra coisa muito importante: "el humanismo o la cultura son las piedras angulares de la superación social y de una coexistencia sana."...
É isso mesmo que falta hoje. E em todos os países: da falta de cultura já existente ainda aparecem estes ignorantes políticos gananciosos e cheios de teorias!!!
Olha, tenho andado a reler livros (felizmente passou- me aquele horror de não conseguir ler nem concentrar-me!) alguns portugueses que não lia há muito. Li o José Rodrigues Miguéis que não lia há séculos! Gosto muito do livro de contos "Leah". Tem histórias muito boas! E muito pessimismo também.
Ontem à noite e hoje de manhã li o livro "Páscoa Feliz" todo. Deixou-me triste, é desolador! Sempre o problema do "eu-o outro" - é uma tragédia com coisas geniais ainda. Mas tão tristes que nós somos às vezes! há tanta melancolia, tanta amargura!
Claro que vou parar, não me faz bem.
E pronto mi querida.
Bom finde e muito sossego!
Que comentário tão lúcido, mas também triste. Tu sabes que eu já estou noutra onda, noutra fase. Só quero continuar a viver enquanto me valer a pena. A Mim! Já desliguei do universo, sou consciente do que passa à minha volta, claro, mas tenho a alma "impermeabilizada" contra tudo o que indigna, que é muitíssimo. Escrever aqui o que vejo serve-me de desabafo e terapia. Depois desfruto do que me dá prazer, que também é muito. A vida está-me a tratar bem, e seria estúpido não aproveitar essa sorte e não estar-lhe agradecida. Te Sigo Queriendo!
ResponderEliminarFazes muito bem! Eu ando a tentar "desligar-me" de coisas que magoam e é inútil estar a ver. Israel continua a "magoar-me". É como se me estivesse a chamar, claro que é em sentido figurado, mas é verdadeira. Também me ando a tentar afastar. Tenho escrito mais coisas, mais vezes - como uma espécie de terapia... Veremos! Beijinhos
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