domingo, 1 de octubre de 2023

EL UNIVERSO INSONDABLE

 






                                                               J.M.W. Turner


Espectacular. Inquietante en su grandiosidad y misterio, de una belleza sin límites, todo asombrosamente sincronizado e infalible, los planetas girando suspensos en el aire sin salirse de las órbitas ni chocar entre sí. Afirma Carl Sagan que "algo increíble está esperando ser descubierto". 
Igual que los ciegos de nacimiento nunca verán las formas y los colores que les rodean, parece ser que solo vemos lo que podemos o nos conviene, sin darnos cuenta de mucho de lo que pasa a nuestro alrededor: el cerebro es tramposo como los magos, nos enseña lo que quiere. Pero telescopios cada vez más potentes como el James Webb, ubicado a 1,5 millones de kilómetros de la Tierra, permiten a gente muy capacitada observar la lejanía y sacar conclusiones que nos hacen cada vez más pequeños. Es posible que a algún nivel que no dominamos todo tenga sentido. O no.
De acuerdo con la teoría de cuerdas existirían alrededor de 11 dimensiones distintas, cada una de las cuales contendría de 10 a 500 universos, (universo arriba, universo abajo, ya qué más da...). Así mismo podrían existir alrededor de unos 70 quintillones de planetas. 
Pero también es cierto que después de 15 mil millones de años de evolución cósmica, solo la inteligencia humana ha sido capaz de reconocer tan asombrosa y turbadora realidad. Y sin embargo, según palabras del mismísimo Stephen Hawking, "somos una escoria química en un planeta de tamaño moderado, que orbita alrededor de una estrella muy promedio en el suburbio exterior de uno entre cien mil millones de galaxias". 
Y mientras tanto, el espacio que separa estas galaxias con todas sus estrellas, planetas y otros cuerpos celestes sigue expandiéndose, según comprobaciones fidedignas. 
La astronomía es una gran lección de humildad. Somos diminutos, mas no insignificantes: que se sepa por el momento, somos los únicos capaces de descifrar e interpretar la realidad, aunque con limitaciones, cada uno a su manera y hasta donde alcanza.
Con este abrumador panorama, uno se pregunta qué sentido tiene vivir, como y porqué nacer y estar un rato en el mundo vale tanto la pena, qué lugar queda para cada hombre, cada instante, cada pasión, cada lucha, cada utopía, cada encantamiento... 

Somos sombras, solo sombras, sombras con el alma a cuestas. Juan José Millás

2 comentarios:

  1. Querida, não percebo a razão, mas agora (já tentei ontem 3 vezes) não consigo pôr nenhuma mensagem, nem sequer como anónima. Parece que entra mas aparece logo" houve um erro....
    Para grandes males, outros remédios. Vai por email. Tinha copiado e agora aqui vai.

    "Só a frase que citas de Stephen Hawking já bastaria para nos fazer reflectir sobre muitas coisas: o homem, na sua sede de poder e de "reconhecimento" social ou outro, julga-se um ser superior.
    Claro, sobretudo se for de raça "caucasiana" (como dantes punham nos passaportes... agora não sei como é), originário de um país "civilizado", e de preferência com um estatuto de riqueza ou poder social. Tudo isto quando, afinal, o homem é apenas " una escoria química en un planeta de tamaño moderado, que orbita alrededor de una estrella muy promedio en el suburbio exterior de uno entre cien mil millones de galaxias" - segundo Hawking. Uma coisa tão insignificante num mundo vastíssimo!
    Deveria fazer-nos pensar -com humildade- na nossa dimensão diminuta em relação ao Universo. Sei que te interessas muito por estas coisas que realmente são extraordinárias. O Diogo também é fã destas notícias científicas sobre a nossa história - passado e futuro.
    Para sabermos "quem somos, de onde vimos e para onde vamos" deveríamos conhecer mais do que se passa em redor dessa frágil "raça humana", de um planeta de tamanho moderado e etc.
    Só o SABER poderá fazer-nos ter a consciência do que "somos" na realidade deste Universo desconhecido - e nos faça redimensionar esta MANIA de sermos importantes no Universo...
    Lendo os números estonteantes de que falas é como se, de repente, nada fosse importante nem tivesse algum sentido neste nosso pequeno mundo - onde, porém, os males se reproduzem: continuam as guerras, as matanças para conquistar o poder, ter dinheiro, numa ganância chocante e nojenta!
    Eu sei pouco. Mas chego à conclusão de que houve quem já pensasse nisso: e lembro o nosso Camões quando considera o homem "perante o céu sereno (indiferente!) / apenas um bicho da terra tão pequeno."
    Pobres bichos da terra tão pequenos - que se querem ter em tanta consideração! que se julgam como os deuses, senhores da vida e da morte. A quererem mandar no destino do Mundo.
    Tão ridículos...
    Beijinhos

    ResponderEliminar
  2. Publiquei-o como meu... Não o podia deixar passar, os teus comentários são sempre importantes para mim, já fazem parte do conjunto. Buen finde, beijinhos grandes

    ResponderEliminar