Los humanos estamos hechos de carne predecible y caduca, como animales que somos, pero también de razón y entendimiento, lo que genera extraños contrastes, pasiones, grandezas y miserias de todo pelaje. Cada persona es un conjunto de mil pequeñas cosas, un bicho absurdo que cultiva ciertas locuras para adornar la existencia y poder soportarla, mintiéndose a sí mismo como condición necesaria para la supervivencia. Afirma Sándor Márai que "hay que resistir los diálogos insanos de nuestra mente". Es casi imposible sentirse sosegado siempre, pero conseguir armonía por dentro y alrededor, es el más valioso de los retos.
Somos raros, la vida es una anomalía en sí misma, la normalidad es utópica, para Rosa Montero "el amor es encontrar a alguien con quién compartir rarezas", por eso es tan complicado encontrar la persona cierta...
Suele parecernos normal aquello a lo que nos acostumbran desde niños, y aunque no somos como muñecos hechos en serie, nos copiamos tanto los unos a los otros que llegamos a parecer todos iguales según manada, y de pensamiento único, según los medios suministradores de información de masas: el cerebro lavado y el alma impura...
La perfección no existe, y desde las cumbres más altas a los suelos más bajos todos tenemos los pies de barro y la condición innata de transgresores: en diversos grados, claro, podemos ser mezquinos, embusteros, falsos, egoístas, narcisos, manipuladores, ambiciosos, victimistas, tóxicos, corruptos, crueles, insensibles, engreídos o imbéciles, tendemos a unas mezquindades que solo se superan con bondad, educación e inteligencia. Por lo general creemos estar siempre en posesión de la verdad, henchidos de un sabelotodismo simplista, de manual, que necesita empequeñecer a otros para sentirse victorioso.
Menos mal que en medio de esta olla de grillos mucha gente vale la pena, y que en una escala más reducida, hay quien tiene talento de verdad, gracias a los cuales avanzamos como especie — rara sí, pero única y a veces incluso fascinante.
Las filosofías se desmoronan como si fueran de arena, las creencias se siguen unas a otras, pero lo hermoso es una alegría para todas las estaciones. Oscar Wilde
Uma reflexão muito certeira!
ResponderEliminarHá tempo que não passava por aqui, mas também tens escrito menos por aqui...
Gosto da nova foto do perfil, "mui guapa!" (escreve-se assim?)😊😊😊.
Beijinhos e continuação de bom feriado (aí também é feriado, não é?).
Querida Chabela, já só escrevo um vez ao mes, e porque me obrigo...Parece que o tempo vai encolhendo e cada vez dá para menos.Também a ti te noto mais atarefada, e à João, pois apareceis menos por aqui. Mas dá muita pena não dizer nada e perder o contacto com as pessoas que fazem o favor de ler-nos, não é? Beijinhos grandes
ResponderEliminarContinuo anónima, mas já desisti de andar à procura de mim própria por aqui nestas redes infernais. Reduzo-me à minha "anonimidade"...
ResponderEliminarOs tempo que correm acabam por nos tornar mais humildes em relação ao que é a nossa "pretensa grandeza" da humanidade. Infelizmente somos desgraçados pendurados das nossas convicções.
Como dizes estamos todos convencidos de saber tudo e acreditarmos "estar siempre en posesión de la verdad y nos invade un 'sabelotodismo' simplista de manual, que por veces necesita empequeñecer los otros para sentirse triunfador."
Nunca houve uma época de tanto convencimento! Opiniões definitivas, decisões radicais, impossibilidade de discutir seja com quem for sem te ofenderem.
Para mim tem sido uma experiência muito desagradável. Ou estás dum lado ou estás do lado. Se eu digo por acaso que gosto da Rússia, gostei muito de Moscovo, gostei das pessoas, etc; que têm grandes pintores que ninguém conhece nem eu nunca tinha imaginado - acham logo que estou do lado do Putin, e sou considerada uma reles uma anti-democrata perigosa.
Agora com a "nova" guerra - sobre a qual todo o mundo já "sabe tudo", porque os judeus são maus, os israelitas piores e então os sionistas esses são um horror! Ninguém sabe o que e o "sionismo" - mas é mau! Ninguém conhece as origens de Israel em dos judeus mas já toda a gente sabe tudo e não admitem discussão. Tenho sido "insultada" no FB e até amigos meus me vieram "chatear" quando lhes disse penas que "nunca tinha acontecido nada como este ataque do Hamas: crianças cortadas, mães grávidas esventradas e não digo mais nada - porque me gritam logo "e as crianças a morrer em Gaza?"
Não gosto de saber que crianças morrem assim em Gaza, mas... é outra coisa: a guerra é o maior dos horrores seja de que campo for, nunca houve qualquer bem numa guerra.
Mas só pergunto : "e no Yemen, no Sudão, no Afganistão - onde morrem milhares se não milhões - por que é que ninguém se lembra nem disso?" Mais insultos porque os judeus são assim maus e os sionistas piores...
Por isso decidi reduzir-me à minha insignificância de "pró-israelita" que não percebe o que as crianças sofrem em Gaza. Já não explico nada porque se não caio naquilo que tu criticas e bem quando escreves: "muñecos hechos en serie, nos copiamos tanto los unos a los otros que llegamos a parecer iguales según manada, de pensamiento único según los medios suministradores de información de masas: el cerebro lavado y el alma impura..."
Para não cortar relações com pessoas de quem gostava, calei-me. Mas estou revoltada. E continuo a gritar cá dentro como Galileu quando lhe disseram que, ou abjurava daquelas ideias da terra rodar à volta do sol, ou ia "pró caneco!"..."EPPURE SI MUOVE!"
Calo-me e grito dentro de mim :"eles não sabem muitas coisas, eu não sei tudo mas sei algumas!"
Enfim estou cansada da má-fé da comunicação social, das marchas a favor dos terroristas - que torturam crianças e as cortam aos bocados, dos que violam miúdas, deitam petróleo em cima e queima-nas vivas. Dos velhos batidos com marteladas e das velhas deitadas em cima das motas - tudo a camimho de Gaza. Podes não estar totalmente de acordo comigo mas tu és séria e honesta - e o que disseres é por tu pensares mesmo uma coisa.
Mas esta selvajaria ignorante que se vai manifestar "mi fanno schiffo" (tradução : metem-me nojo"). Há uma subserviência perigosa de muitos governos em relação aos países árabes, tudo isso vai fazer muito mal. Mas deixo-os viver convencidos de que "eles" é que têm a verdade no bolso. "E os judeus são péssimos!, todos sabemos!"
Beijinhos minha querida. Estou "jodida" como dizem os espanhóis...
Querida Jana: sei como te sentes, é um tema muito espinoso, e como sempre há opiniões para todos os gostos. A minha forma de pensar nào coincide com a tua, como já sabes. Se me permites um conselho, dado desde a amizade que te tenho, elimina dos teus conceitos frases como: "têm grandes pintores que ninguém conhece"; "Ninguém sabe o que é o sionismo"; "Ninguém conhece as origens de Israel"; "deixo-os viver.." "mi fanno schiffo"....E nào te compares com Galileu....CALMA! Beijinhos grandes
ResponderEliminarVá lá, fizeste-me rir e olha que já não me ria assim há muito tempo! Tens razão...a ler o que escreveste pensei: "mas eu também já estou como eles! Sei tudo! E sou uma convencida". A dada altura perco o sentido do meu "equlíbrio" eu que sempre fui equilibrada nos julgamentos. Vabene com Israel nunca serei completamente imparcial, reconheço. Vou corrigir... Aliás, tens razão se pensas que é inútil "convencer" os outros. Há "outros" e "outros" mas ninguém gosta de "ser convencido". Rir fez-me bem, libertou-me da raiva e da angústia. Eu ando muito "enraivecida"! Este ano foi a coisa pior da minha vida e quero desabafar, mas não posso fazer desta maneira.
EliminarVou hibernar. Já anunciei que estou em meditação. E vou tentar acalmar-me. Felizmente recomecei a ler e a escrever - duas coisas que me têm feito muita falta. E não conseguia. Beijinhos. Obrigada.
Nào sabia como ias reagir, e fizeste-o da melhor maneira, com inteligència e lucidez. É por isso que gosto de ti, nunca me defraudas. Esta é a minha Jana...Um beijinho cheio de ternura
ResponderEliminarE eu também gosto de ti por isso, sei sempre como vais reagir e aceito o que tu dizes, sei que é sincera e amiga! A minha querida María!
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