jueves, 11 de febrero de 2016

NIEBLA





obra de John Henry Twachtman





De repente vino del mar una bruma espesa que lo engulló todo y la hizo sentirse sola en medio de la nada. Como la niebla del tiempo: como todo lo que se va esfumando, como ir quedando entre las sombras, la de gente muy querida, la de historias importantes, la de cosas muy preciadas. 
Todo pasa, vamos resistiendo a la orilla de la vida que nos ha de engullir sacando fuerzas de flaqueza, intentando disfrutar sin distraerse — aún puedo, aún quiero, aún tengo, aún soy....

Los recuerdos son islas en océanos de olvido.
       Jorge Luís Borges 






obra de Emil Nolde



2 comentarios:

  1. Niebla, palavra tão bela e sugestiva - que já traz o desvanecer de algo. Das nossas vidas, dos momentos passados, das pessoas desaparecidas.
    Mas não quero deixar-me levar por um sentimento de tristeza e abandono! Estamos vivas!Juntemos a nossa resistência e continuemos!
    Repito contigo: "aún puedo, aún quiero, aún tengo, aún soy!"
    Com o quadro de Nolde nos olhos! Um beijo

    ResponderEliminar
  2. Há a partir de certa altura da vida, algo que nos faz perceber que tudo acaba. A uns, esse sentimento chega cedo demais, a outros, mais tarde, mas sempre chega, esse sentimento de tristeza, de que nada volta a ser como antes.

    Mas a vida continua e há sempre tanto para viver.
    Eu gosto da vida, dos dias com tantas coisas boas. Às más, espero que acabem por passar.

    As pinturas são lindas:)

    Um beijinho :)

    ResponderEliminar