Emil Nolde
Sabemos que nuestro tiempo es finito y sin embargo vivimos intentando ser felices, obviando entre otras cosas y siempre por defensa propia, que la Tierra va camino del desastre. Será porque no dependa de nosotros, porque seamos incapaces entre todos de encontrar soluciones, o porque como dice el poeta Miguel Torga, "somos socialmente una comunidad pacífica de indignados".
El desarrollo gigantesco que la inteligencia humana está alcanzando va en dirección contraria a la conservación de la naturaleza. Todo contamina, desde el uso industrial de los hidrocarburos, los equipos electrónicos, los automóviles, los plásticos o los pesticidas hasta los fármacos, los productos de higiene personal y un larguísimo etcétera de que tenemos noticia, sin que se haga nada para transformar la historia.
Es urgente un cambio radical de mentalidad, actuar con inteligencia y valentía, lograr una organización política eficaz, creativa y por supuesto, honrada.
Es imprescindible que los sectores menos esenciales reduzcan drásticamente su tamaño y su codicia, que se frene la quema de combustibles fósiles, que se detengan las guerras, que la energía atómica deje de ser una espada de Damocles con que vivir aterrados, que la fabricación de armas no aporte a unos cuantos pingües beneficios; que haya un control riguroso sobre las empresas contaminantes y prescindibles como las de los cruceros (acaban de construir un barco con capacidad para 10 000 personas), así como sobre el negocio abusivo de los aviones comerciales a bajo precio, las macro granjas, la moda rápida, el turismo descontrolado y todo el consumismo salvaje.
Es aconsejable ser conscientes de nuestra inmensa pequeñez, corporeidad, vulnerabilidad y finitud, y del respeto que le debemos a nuestro entorno, al suelo, al aire, al agua, a los animales y plantas: caso contrario se va todo al garete, con la humanidad por delante. No somos nada frente a la naturaleza, basta ya de egocentrismos desmedidos, ambiciones indecentes, odios, crueldades y todas las malas praxis que están convirtiendo el mundo en una bomba de relojería.
Lo coherente sería emplear las cabezas más brillantes y más sensatas en busca de soluciones globales, puestas en práctica con valor y determinación, en lugar de ser tan necios y absurdos como para caminar a pasos agigantados hacia la extinción: unos idiotas, como afirma indignado James Hansen. ¡Después de tanto camino recorrido, de tanto esfuerzo, de tanto conocimiento y tanta belleza! Y tantas pasiones. De toda condición, eso sí.
A mí me fascina como el hombre puede ser tan inteligente y tan estúpido. José Antonio Marina
Angustia-me este problema como a ti e -talvez - a todos, mas há muita inconsciência e formas de egoísmo comodista nas pessoas - que levam muita gente a não fazer aquilo que ainda estaria ao nosso alcance. Eu tento fazer o "meu" possível, sabendo que é muito pouco. Por aqui apareceram uns grupos ligados a um programa internacional de defesa dos Oceanos.
ResponderEliminarPorque "seamos incapaces entre todos de encontrar soluciones?" não sei, vejo que é difícil encontrar uma acordo "de todos os países" sobre seja o que for. Talvez como diz o poeta Miguel Torga, "somos socialmente una comunidad pacífica de indignados".
Mas que sejamos indignados já não era mau, mas seremos quanto os indignados? E esteremos de acordo sobre as coisas que nos indignam? Não creio. Criou-se uma forma de individualismo, acho eu, feito sobretudo de egoísmo. "Se não chegar cá, quer lá saber..." ou "Nessa altura já morri, para que me hei-de ralar agora? Não adianta nada..."
Sempre um pessimismo e um negativismo muito português, diremos, mas lá fora? muito barulho, muita agitação, muita pintura nas paredes e tigelas de sopa nos quadros famosos de Museus - a mim não me convence essa atitude "revolucionaria" dos jovens de hoje. Estarei velha? Eu creio que é porque penso que não se deve fazer uma "propaganda" que
não seja correcta. Lançar uma porcaria num quadro de um grande pintor é uma coisa horrível, ofensiva para a Arte e nojenta e não serve para nada - até porque (pessimista) penso que as pessoas a quem se querem "dirigir" se estão nas tintas para a Arte, para Michelangelo ou Monet. Se atingissem coisas deles sim.
É muito difícil. Tenho pena mas tenho-me tornado menos optimista e utopista (como eram bons esses tempos!) quando à realidade humana. Estamos a avançar nalgumas coisas, é certo, na Ciência pelo menos - mas estamos a andra velozmente para trás noutras. Como é possível que grande partee da nossa juventude portuguesa esteja a pensar em dar o voto a um partido como o Chega? Um partido de extrema-direita quase confessadamente fascista (tem as mesmas propostas de uma Le Pen
O comentário partiu, a meio. Mas continuando: como é possível votar num partido nazi, que defende a violência contra os imigrantes, que é contra a existência no país dos ciganos. Que diz mal dos partidos e promete o mundo e o Bom Deus a todos! Dinheiro, paz política, bons salários... Pronto, pode-se querer acreditar numa "ilusão", os jovens ainda acreditam e os velhos também - mas um partido sem valores, sem ideais - defendendo uma política tão básica, sem interesse nos conhecimentos, não falam dos estudos, não se preocupam com o planeta e nunca referem os verdadeiros problemas dos que realmente "precisam"! e só a pensar que "todos vamos ter uma boa vida com o Chega!"
ResponderEliminarVêm aí as eleições no domingo. Desta vez não tenho grandes dúvidas, voto no Partido Socialista -aliás quase sempre votei. Porque há um real perigo de sermos apanhados por uma Ditadura de Direita! E não falo só do Chega, falo da nova AD (PSD+CDS+PPM) que são todos diferentes (quanto a mim maus, direitistas, grandes proprietários rurais e grandes empresários mais a Banca e sei lá o quê...E ainda os monárquicos sem rei)...
Tu falas de coerência - que eu acho fundamental! : "Lo coherente sería poner las mejores cabezas en busca de soluciones globales, en lugar de ser tan necios y absurdos como para que nos extingamos sin dejar rastro. ¡Después de tanto camino recorrido, de tanto esfuerzo, de tanto conocimiento y tanta belleza! Y de tantas pasiones, de toda condición, eso sí." E tens toda a razão!
Concordo com tudo! É "une mise à mort" ( feita pelos próprios seres humanos!), um "harakiri" ...
"el abuso de los aviones comerciales a bajo precio, las macro granjas, la moda rápida, el turismo descontrolado y todo consumismo salvaje." É o que nos vai matar!
"Ser conscientes de nuestra pequeñez, vulnerabilidad y finitud, y de que (...) debemos respetar el entorno, el suelo, el aire, el agua, los animales y las plantas"...
Sim, "basta ya de egoísmos indecentes, ambiciones desmedidas, odios, crueldades y todas las malas praxis que están convirtiendo el mundo en una bomba de relojería."
Quando explodirá?
Beijinhos minha querida!
Querida Jana, só nos resta desabafar, e também dar graças de viver como vivemos ainda! Eu penso que as direitas voltam sempre pelos erros dos que estão no poder, nos países do norte da Europa há mais equilíbrio, mais sensatez. Enfim, são ciclos, quando fique ao descoberto o fracasso das direitas, voltará a governar alguém progressista, esperemos que com mais critério. Beijinhos, bom finde, apesar de tudo.
ResponderEliminarObrigada, não estou desesperada, estou irritada com a parvoíce das pessoas que votam contra si próprias, acreditando nos populistas. Vou acalmar, tenho de pensar em mim agora mais. Vou escrever. Pus um novo post a falar de uma pessoa boa e séria, uma actriz que veio da pobreza e sozinha educou-se e aprendeu! Hoje era uma famosa actriz de telenovelas, professora numa escola de teatro enfim tinha ainda só 70 anos. Beijjinhos e força para todas nós!
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